quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Conto - "Spike"

Eu me lembro de quando morava na casa de minha mãe, em um bairro longe da cidade, era um lugar pacífico, com muitas crianças e pessoas amigáveis e bondosas, a vizinhança era muito unida.

Um dia, resolvi sair de casa para passear pela vizinhança, estava procurando alguma loja que vendesse o novo jogo do momento, Ninja Gaiden para o Nintendinho. Estava andando meio sem rumo quando percebi. Alguém estava me observando, continuei a andar como se não tivesse percebido, me abaixei para fingir que estava amarrando os sapatos e assim ver se não estava só meio neurótico, mas não estava, alguém estava realmente me observando, não pude ver direito como era a pessoa, só percebi que era um homem. Apertei o passo e voltei para casa, afinal, não queria me arriscar mais. No dia seguinte saí novamente, dessa vez para ir até a casa de um amigo, o Kenny, quando percebi que aquele mesmo homem estava me olhando de novo, sentei em um banquinho numa praça perto de onde estava e lá esperei um pouco, meio disfarçado, o homem que estava me observando foi até a praça, vi que era um garoto, de cabelos escuros e olhos totalmente negros, provavelmente da minha idade, ele começou a olhar as crianças brincando no parquinho, pude ouvi-lo falar com um tom de raiva "Crianças, idiotas e nem um pouco sensíveis", depois ele foi até uma caixa de areia e chutou um castelo de areia de uma das crianças, fazendo-a chorar, após isso ele virou a esquina e sumiu. Livre de meu "observador", fui até a casa de Kenny e perguntei a ele se ele conhecia o tal garoto, pois a família de Kenny mora no bairro há pelo menos uns 70 anos, o Kenny me disse que esse garoto chegou no bairro há mais ou menos 1 ano e meio e raramente ele sai de casa, sem falar que nunca ninguém viu um adulto com ele, achei isso perturbador, mas deixei de lado e mudei de assunto.

Duas semanas depois desse ocorrido, estava andando na rua com Kenny quando vi esse garoto na frente da casa dos Fishers, olhando fixamente para uma das janelas da qual era possível ver Louie, o filho mais novo, brincando com pecinhas de Lego, chamei meu amigo e sugeri que deveríamos falar com o menino, de início, ele não quis, mas depois mudou de ideia, afinal, poderíamos estar sendo somente neuróticos. Nos aproximamos do garoto e nos apresentamos, ele disse se chamar Spike e que era novo no bairro, perguntei de onde ele vinha e ele somente disse que não era daqui da cidade, disse que vinha do norte, mas não especificou nada, sugeri que ele nos acompanhasse até o fliperama, ele aceitou e foi conosco, durante a caminhada ele não dizia nada, somete quando eu ou Kenny perguntávamos e ele dava respostas curtas, chegamos ao fliperama e eu e Kenny começamos a jogar Donkey Kong, porém Spike ficou somente nos olhando jogar, depois de umas 2 horas, fomos embora e, depois de Kenny ter ido para casa, ficamos só  eu e Spike conversando um pouco, quando cheguei em casa, antes de entrar, Spike disse "hoje foi um dia bom, agradeço muito, até lá", e foi embora sem mais nem menos, no dia seguinte acordei cedo com uma ligação de Kenny que disse que encontraram o corpo morto de Spike dentro da casa dele, com os pulsos perfurados e o pescoço quebrado, fui correndo até onde era a casa dele e somente pude ver a ambulância saindo, fui até a casa do Kenny e lá começamos a falar sobre o ocorrido...

Passaram-se alguns dias, eu estava voltando da casa da minha prima, que fica no centro da cidade, quando vi um amontoado de pessoas na frente da casa dos Fishers, comecei a entrar na casa e descobri que Louie, o filho mais novo da família tinha se suicidado numa forca, quebrou o pescoço exatamente como aconteceu com Spike, fiquei extremamente chocado com aquilo, pois Spike estava olhando para Louie naquele dia e agora ambos se mataram, como assim?

Quinze dias depois da morte de Louie Fisher, um outro menino, Daniel Taylor, foi encontrado morto em sua casa, envenenado com cicuta, uma planta altamente tóxica, e haviam tantas dessa planta pela casa que ela teve que ser interditada. Então, os dias foram passando e mais crianças começaram a morrer, depois de Daniel, veio Samantha White, depois John Garcia, Steve Lee, Mary Anderson, Oswald Johnson, Jack Lewis, Nancy Williams e vários outros, e todos eles morreram somente de três formas, pescoço quebrado, envenenamento ou perfuração por objetos cortantes, como facas na barriga ou cortes no corpo, causando hemorragias. Em apenas 6 meses, quase 20 famílias, incluindo Kenny e seus pais, se mudaram, restando apenas as famílias sem filhos pequenos e alguns pais corajosos que permaneceram com seus filhos.

Durante uns 3 meses, não houveram mais mortes, até que encontraram William Brown, um garotinho que morava no final do bairro, perto da saída da cidade, tentando se cortar, seus pais o levaram para o hospital, felizmente, ele sobreviveu. Como forma de solidariedade, fui até seu leito no hospital para visitá-lo, pois conheço seu irmão mais velho, ao chegar na cama onde estava William, perguntei se ele estava bem, e ele somente disse:

-Ei, eu sei quem você é, Spike me falou de você, antes de eu tentar ir.

Isso realmente me deixou assustado.

Depois que Will saiu do hospital, comecei a conversar com ele sobre o que ele tinha me contado naquele dia no hospital, Will me disse que Spike falava com ele á noite e quele ouvia vozes em sua cabeça dizendo para ele se matar, ele disse que tentou, mas não o deixaram. Um dia, chamei Will para irmos até uma loja de games e conversarmos mais, porém o dia estava chuvoso então Will foi até minha casa para conversarmos com mais conforto. Depois de uma hora, Will pede para ir ao banheiro, eu digo para ele onde é, depois de meia hora, ele não volta, sem pensar, fui até o banheiro e abri a porta, vi Will morto,com os olhos totalmente brancos, boiando na banheira.

Depois disso, desmaiei.

Quando acordei, estava numa floresta, e Spike, não sei como, estava na minha frente, ele começou a falar:

-Olá, Jimmy, tudo bem? Me desculpe por mentir, mas na verdade, não sou Spike, não existe Spike, na verdade, meu real nome é MOLOCH, me alimento de almas de crianças, achei aqui um ótimo lugar para isso, pacato, tranquilo, mas tinha alguém. Você, você sempre tinha que desconfiar, isso não me cheirava bem, mas agora, já sei o que fazer, limpei as pistas, você já era, te vejo no Limbo, cara.

Então desmaiei de novo...

Quando acordei, estava em casa, eram 3:30 da manhã, acordei meus pais e tentei avisá-los, mas acham que sou maluco, me levaram ao psiquiatra, me diagnosticaram com esquizofrenia, falei a els sobre William, mas me disseram que nunca existira um William no bairro, falei para ligarem para o Kenny, mas não se importaram.

Bem, agora estou aqui, no manicômio, ainda ouço vozes, e já recebi visitas "dele", espero que receba essa mensagem e me ajude se puder, pois agora que sabe a história, é um beco sem saída, Spike virá, ah, se você não for criança, não importa, ele tem amigos, ou melhor, EU tenho.

Esse foi um conto de terror que eu e uma amigo meu escrevemos, sei que não tema ver com o blog, mas achei que seria legal postá-lo aqui, espero que gostem. =)

Resenha - Bloodstrike

Olá pessoas!! Este é o primeiro post do blog Checkpointer, que será focado em resenhas e informações sobre games.

Hoje, estarei fazendo uma resenha do jogo online Bloodstrike, um FPS online jogado pelo navegador.
No geral, o jogo é bom, feito aos moldes do Counter Strike, é fácil de se aprender a jogar e divertido, ótimo para passar o tempo, porém contêm vários pontos fracos que poderiam ser melhorados, como o sistema de níveis do jogo, que é muito lento e você tem que ficar horas jogando para poder passar de nível, e olha que estou nos níveis iniciais, os mapas precisam melhorar, pois são pequenos e têm vários spots para campers, sem falar no spawntrapping, que é recorrente em qualquer partida, o jogo também tem um modo zumbi, bem fraquinho na minha opinião, parece uma cópia malfeita de left 4 dead, outra coisa que não gostei foi a conexão do jogo, quando se joga no modo carreira solo, em que são servidores do jogo, a conexão é boa, trava às vezes, mas nada muito grave, porém no modo competição, cujos servidores são criados pelos jogadores, o lag é extremo, muitas vezes prejudicando na jogabilidade, como pontos positivos, achei o sistema de loja do jogo muito bem organizado, mas pode ser melhorado, o sistema de inventário e a jogabilidade é ótima.
Enfim, Bloodstrike é um jogo com potencial, mas que pode melhorar muito.

Nota: 3 estrelas ( a classificação dos jogos irá de 1 a 5 estrelas)